Não são apenas as alterações climáticas que colocam a biodiversidade marinha em risco. As pressões exercidas sobre os ecossistemas marinhos são diversas: práticas de pesca, turismo costeiro, o desenvolvimento portuário e os transportes marítimos poluentes, a poluição com plásticos e microplásticos.
Todas estas ameaças têm um impacto nefasto em todo o ecossistema marinho e os efeitos são já visíveis. Habitats destruídos e uma evidente diminuição das espécies marinhas. À medida que a biodiversidade diminui, os nossos ecossistemas tornam-se mais vulneráveis.
Com foco na biodiversidade marinha, a UNESCO deixa-nos alguns factos e números de interesse.
- Mais de 90% do espaço habitável do planeta é oceano
- Apenas 1% da área do oceano e dos mares adjacentes estão protegidos em comparação com cerca de 12% da superfície terrestre
- Se a concentração de CO2 atmosférico continuar a aumentar ao ritmo atual, o oceano tornar-se-á corrosivo para as conchas de muitos organismos marinhos
- A acidificação do oceano pode tornar a maioria das regiões do oceano inóspitas aos recifes de coral, afetando o turismo, a segurança alimentar, a protecção da linha costeira e a biodiversidade
- A acidificação oceânica ameaça o plâncton que é essencial para a vida de peixes maiores
- Em 2100, mais de metade das espécies marinhas do mundo podem estar à beira da extinção se não existirem mudanças significativas
- 60% dos principais ecossistemas marinhos do mundo foram degradados ou estão a ser usados de forma insustentável
- Estima-se que entre 30 a 35% da extensão global de habitats marinhos críticos, tais como ervas marinhas e recifes de coral, foram destruídos.
Fonte: Euronews + UNESCO